http://www.youtube.com/watch?v=qLkmbLoaORU
domingo, 26 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Ciclovia não é a solução
“Não existe infraestrutura de ciclovia no meu caminho” ou “os motoristas não respeitam” são as principais desculpas que são dadas para si e para os outros para não se deslocar de bicicleta.
A Prefeitura Municipal de Curitiba recentemente apresentou um novo plano de ampliação e consevação da malha cicloviária da cidade. Um plano cuja maior qualidade é a quantidade de ciclovias/ciclofaixas/calçadas compartilhadas , caso elas sejam realmente contruídas (e caso sigam os mandamentos cicloviários, coisa que não tem acontecido por enquanto). Mas vai dificultar a primeira desculpa.
E não impedirá a segunda. Mesmo que exista uma ciclovia que saia da porta da sua casa e o leve até a porta do seu trabalho/escola/lazer, haverá a justificativa da ameaça dos carros contra a vida dos ciclistas. Ainda que a grande maioria do motoristas não seja um assassino voluntário, o medo é justificável. Isto porque além do planejamento urbano privilegiar (de longe!) os deslocamentos motorizados (por que nenhuma ciclovia nova passa pelo centro?) a mentalidade é a de que os ciclistas atrapalham o trânsito. Uma questão de cultura ou, em outras palavras, de educação.
Vejamos o exemplo de duas cidades.
Joinville é conhecida como a capital das bicicletas. Há um enorme contingente de ciclistas na cidade, embora este número tenha diminuído sensivelmente nos últimos anos. Há algumas ciclofaixas relativamente recentes na cidade mas não não são muito utilizadas. O ciclista usa a rua junto com os automóveis. E é respeitado na maior parte do tempo. A massa de bicicletas e a cultura da cidade não faz do ciclista alguém atrapalhando o trânsito.
A Prefeitura Municipal de Curitiba recentemente apresentou um novo plano de ampliação e consevação da malha cicloviária da cidade. Um plano cuja maior qualidade é a quantidade de ciclovias/ciclofaixas/calçadas compartilhadas , caso elas sejam realmente contruídas (e caso sigam os mandamentos cicloviários, coisa que não tem acontecido por enquanto). Mas vai dificultar a primeira desculpa.
E não impedirá a segunda. Mesmo que exista uma ciclovia que saia da porta da sua casa e o leve até a porta do seu trabalho/escola/lazer, haverá a justificativa da ameaça dos carros contra a vida dos ciclistas. Ainda que a grande maioria do motoristas não seja um assassino voluntário, o medo é justificável. Isto porque além do planejamento urbano privilegiar (de longe!) os deslocamentos motorizados (por que nenhuma ciclovia nova passa pelo centro?) a mentalidade é a de que os ciclistas atrapalham o trânsito. Uma questão de cultura ou, em outras palavras, de educação.
Vejamos o exemplo de duas cidades.
Joinville é conhecida como a capital das bicicletas. Há um enorme contingente de ciclistas na cidade, embora este número tenha diminuído sensivelmente nos últimos anos. Há algumas ciclofaixas relativamente recentes na cidade mas não não são muito utilizadas. O ciclista usa a rua junto com os automóveis. E é respeitado na maior parte do tempo. A massa de bicicletas e a cultura da cidade não faz do ciclista alguém atrapalhando o trânsito.
O joinvillense Menino-Caranguejo pelo jeito não anda muito de bicicleta
Paris tem tido políticas públicas (como o Vélib e a ampliação da rede cicloviária) invejáveis. Mas o (excelente!) vídeo abaixo mostra o quanto uma boa estrutura não garante necessariamente segurança. Mesmo em terras européias, a cultura da bicicleta ainda não está plenamente implantada.
Sim, ciclovia é bom. Principalmente para quem está começando a pedalar. Mas não é a solução. Solução é compartilhar o trânsito pacificamente com vários modais. E perceber que a bicicleta não atrapalha o trânsito. Ao contrário, o deixa mais fluido (ocupa menos espaço), mais humano (olho no olho é muito melhor que insulfilm) e mais sustentável (sem poluição sonora para seu filho respirar melhor e sem poluição auditiva para sua avó se recuperar melhor). É tão difícil?
Extraído do site Bicicletada de Curitiba
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Educação de antigamente e de hoje.
Interessante também esse texto... complementa a charge e nos faz pensar...
Educação de antigamente e de hoje
Os pais de antigamente queriam ver os filhos trabalhando aindacrianças. O estudo ficava em segundo plano. Os pais de hoje preferemver os filhos só estudando, porque trabalhar é assunto para só depoisda faculdade – se tiver emprego, é claro. Hoje a lei proíbe o trabalhode menores de idade.
Os pais de antigamente achavam que os filhos tinham que crescer logopara se virar na vida, que era considerada dura e cheia de desafios.Os pais de hoje gostariam que os filhos não crescessem. Crescer praquê? Para morarem sozinhos, trabalhar, pagar as contas, fazer comprasno supermercado, providenciar alguém para lavar a roupa, cozinhar,arrumar a casa! Casados terão filhos...para os avós cuidarem. Teriam mais responsabilidade e preocupação! Pra que casar se eles podemnamorar no shopping, no carro, em casa, até no quarto de dormir. Podemchegar a hora que quiserem da madrugada! Em casa o (a) filho (a) temcomida e roupa lavada, pra quê ir a luta? Em casa não precisarãoarrumar o quarto, nem recolocar as coisas no lugar, nem ajudar os paisa descarregar as compras, nem ajudar a mãe na cozinha. Então, por quevirar adulto? Para ser responsável e ter que encarar a vida tão perigosa e incerta lá fora?
Os pais de antigamente exerciam ao máximo sua autoridade sobre osfilhos. Eram autoritários e reprimiam todos os desejos. Os pais dehoje se acovardam diante do poder crescente dos filhos. Existemcrianças que batem de verdade nos pais e eles não sabem como reagir.Faz sucesso um programa da TV inglesa, “Super Nany” (aqui é “Superbabá”) que ensina aos pais como se defender e sustentar regras paralidar com os filhos. Pais acovardados e sem autoridade era impensável,antigamente. Alguns pais de nossa época justificam sua covardia comodefesa para o (a) filho(a) não fugir de casa, como aquele caso quevirou notícia na imprensa. Os pais de hoje temem a explosão emocionale reação de vingança dos filhos; também temem serem mal interpretadospelos especialistas e vizinhos de plantão.
Os pais de antigamente comandavam totalmente a educação dos filhos.Hoje os pais sentem comandados pelos seus rebentos. Resta a esperançapara alguns de que a escola eduque-os. Os pais que com esforço retomama função de “pai” e de “mãe” tendem a sentir culpa, porque dizer um‘não’ dá a impressão de serem autoritários.
Conversas sobre a sexualidade antigamente não aconteciam. Hoje, muitospais ainda resistem conversar sobre sexo; parecem mais preocupados comas drogas e as doenças transmissíveis do que em prevenir o crescimentodo número de gravidez precoce entre adolescentes. (“Não houve grandesmudanças nas relações dos pais quanto eles eram adolescentes secomparado aos tipos de relação que estabelecem com seus filhosatualmente”, segundo a pesquisa de Luciane Cristo e Josiane P.Ferreira – Cascavel/Pr. http://www.psicopedagogiaonline/).
Antigamente os jovens entravam em conflito sobre valores sociais,políticos, econômicos, religiosos, estéticos e comportamentais(brigavam pelo direito de usar os cabelos compridos e vestir uma calçavelha-azul-e-desbotada). “Nós, que amávamos tanto a revolução” tambéméramos embalados pelo sonho de uma sociedade alternativa, ecológica,justa, igualitária, com fundo musical de rock ou new age. As criançase os jovens do início do terceiro milênio não vivem um sonho coletivode mudança social. Seu sonho é meramente subjetivo, tribal e plural.São mais propensos à discussão sobre assuntos menores do cotidianocomo os games, amigos, namoro, aparência, do que os “grandes temas” dadécada de 1970. Os pais mais à esquerda já não conseguem conversar comos filhos os assuntos que eles, na sua época, consideravamimportantes. Também, não conseguem fazê-los cumprir as pequenascoisas: regrar a hora de eles voltarem para casa, o tempo de ficar nosgames, ler os jornais e revistas.
Antigamente os pais ricos simplesmente criavam os filhos. O ensinopreceptorial se encarregava de dar uma “boa educação” aoseconomicamente privilegiados. Com o advento da “escola de massa”, noBrasil, a partir das décadas de 1970 e 80, foi anunciado para todosque a escola era quem devia “educar”. Os pais, agora, poderiam sededicar ao trabalho e/ou se dedicarem plenamente à carreiraprofissional. Naquela concepção, seria mais “científico” e “moderno”deixar que os professores educassem a nova geração. Entretanto, essesabnegados profissionais foram humilhados de serem somente“professores” (formados em série como se fossem eucaliptos – “essaárvore sem vergonha”[1]), e foram cobrados para serem “educadores”(comparados às velhas árvores: os jequitibás).
O resultado daquele discurso educacional a sociedade paga até hoje: ospais se desobrigaram de “educar” os filhos e a escola perdeu o seufoco de trabalho de ser eminentemente “ensinante”.
Obs: esse “antigamente” refere-se a não mais que trinta, quarentaanos. Ou seja, antigamente não é tão antigamente.
por RAYMUNDO DE LIMA
Psicólogo, doutor em educação pela Universidade de São Paulo (USP), eprofessor de Metodologia da Pesquisa do Departamento de Fundamentos daEducação, da Universidade Estadual de Maringá
domingo, 12 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
Deus é Brasileiro
Deus é Brasileiro
Elenco: Antonio Fagundes, Paloma Duarte, Wagner Moura, Stepan Nercessian, Hugo Carvana, Bruce Gomlevsky.
Direção: Cacá Diegues
Gênero: Comédia Nacional / 2003
Sinopse:
Cansado de tantos erros cometidos pela humanidade, decepcionado com essa Sua criação tão cheia de defeitos, Deus resolve tirar umas férias dela, retirando-se por um tempo para as estrelas distantes, a fim de descansar de seus aborrecimentos com o ser humano. Para isso, Ele precisa encontrar um santo que se ocupe de Suas obrigações para com a humanidade, enquanto sai de férias. Deus resolve procurá-lo no Brasil, país tão religioso que, entretanto, nunca teve um santo seu, reconhecido oficialmente. Seu guia no Brasil será Taoca, um esperto borracheiro e pescador que vê, nesse encontro com Deus, uma oportunidade para resolver seus problemas materiais. Mais tarde, junta-se aos dois a jovem e solitária Madá, vítima de grande paixão. Do litoral de Alagoas ao interior do Tocantins, passando por Pernambuco, através do sertão e das cidades, Deus, Taoca e Madá seguem pelas estradas do país, vivendo diferentes aventuras à procura de um santo, até o surpreendente final do filme.
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