terça-feira, 23 de setembro de 2008
Bacias Hidrográficas e rios
Bacia Hidrográfica Amazônica - É a maior bacia hidrográfica do mundo, com 7.050.000 km², sendo que 3.904.392,8 km² estão em terras brasileiras. Seu rio principal (Amazonas), nasce no Peru com o nome de Vilcanota e recebe posteriormente os nomes de Ucaiali, Urubamba e Marañon. Quando entra no Brasil, passa-se a chamar Solimões e, após o encontro com o Rio Negro, perto de Manaus, recebe o nome de Rio Amazonas. O Rio Amazonas percorre 6.280 km, sendo o segundo maior do planeta em extensão (após o Rio Nilo, no Egito, com 6.670 km) é o maior do mundo em vazão de água. Sua largura média é de 5 quilômetros e possui 7 mil afluentes, além de diversos cursos de água menores e canais fluviais criados pelos processos de cheia e vazante. A Bacia Amazônica está localizada em uma região de planície e tem cerca de 23 mil km de rios navegáveis, que possibilitam o desenvolvimento do transporte hidroviário. A navegação é importante nos grandes afluentes do Rio Amazonas, como o Madeira, o Xingu, o Tapajós, o Negro, o Trombetas e o Jari. Em 1997 é inaugurada a na bacia, a Hidrovia do Rio Madeira, que opera de Porto Velho até Itacoatiara, no Amazonas. Possui 1.056km de extensão e por lá é feito o escoamento da maior parte da produção de grãos e minérios da região.
Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco - Possui uma área de 645.067,2 km² de extensão e o seu principal rio é o São Francisco, com 3.160 km de extensão. É o maior rio totalmente brasileiro e percorre 5 estados (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe). Além disso é fundamental na economia da região que percorre, pois permite a atividade agrícola em suas margens e oferece condições para a irrigação artificial de áreas mais distantes, muitas delas semi-áridas. Os principais afluentes perenes são os rios Cariranha, Pardo, Grande e das Velhas. Seu maior trecho navegável se encontra entre as cidades de Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) com 1.371km de extensão. O potencial hidrelétrico do rio é aproveitado principalmente pelas grandes usinas de Xingó e Paulo Afonso.
Bacia Hidrográfica dos Rios Tocantins-Araguaia - É a maior bacia localizada inteiramente em território brasileiro, com 813.674,1 km². Seus principais rios são o Tocantins e o Araguaia. O rio Tocantins, com 2.640 km de extensão, nasce em Goiás e desemboca na foz do Amazonas. Possui 2.200 km navegáveis (Entre as cidades de Peixe-GO e Belém-PA) e parte de seu potencial hidrelétrico é aproveitado pela usina de Tucuruí, no Pará - a 2ª maior do país e uma das cinco maiores do mundo. O Rio Araguaia nasce em Mato Grosso, na fronteira com Goiás e une-se ao Tocantins no extremo norte do estado de Tocantins. A construção da Hidrovia Araguaia-Tocantins, tem sido questionada pelas ONGs (Organizações Não-Governamentais) em razão dos impactos ambientais que ela pode provocar, cortando dez (10) áreas de preservação ambiental e 35 (trinta e cinco) áreas indígenas, afetando uma população de 10 mil índios.00 km navegáveis (Entre as cidades de Peixe-GO e Belém-PA) e parte de seu potencial hidrelétrico é aproveitado pela usina de Tucuruí, no Pará - a 2ª maior do país e uma das cinco maiores do mundo. O Rio Araguaia nasce em Goiás, próximo a cidade de Mineiros e ao Parque Nacional das Emas e une-se ao Tocantins no extremo norte do estado de Tocantins. A construção da Hidrovia Araguaia-Tocantins, tem sido questionada pelas ONGs (Organizações Não-Governamentais) em razão dos impactos ambientais que ela pode provocar, cortando dez (10) áreas de preservação ambiental e 35 (trinta e cinco) áreas indígenas, afetando uma população de 10 mil índios.
Bacia Hidrográfica do Rio da Prata - O Rio da Prata tem origem no encontro dos rios Paraná, Uruguai e Paraguai, na fronteira entre a Argentina e Uruguai. Esses quatro rios são os principais formadores dessa bacia, de 1.397.905,5 km² - a segunda maior do país - e se estende entre Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Argentina. O Rio Paraná com 2.940 km nasce na junção dos rios Paranaíba e Grande, na divisa de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Apresenta o maior aproveitamento hidrelétrico do Brasil, abrigando por exemplo, a Usina de Itaipu. Em 1999 foi inaugurada no Rio Paraná, a Usina Hidrelétrica de Porto Primavera - a segunda maior do Estado de São Paulo. Os afluentes do Paraná (Tietê e Paranapanema, tem grande potencial para geração de energia. Com relação às hidrovias, a Tietê-Paraná, é a mais antiga do país, atualmente com 2.400km de extensão.
O rio Uruguai forma-se pela junção dos rios Canoas e Pelotas, na divisa entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Seus formadores têm suas nascentes na Serra Geral em cotas aproximadas de 1.800m e apresenta uma direção geral leste-oeste, até receber, pela margem direita, o rio Peperi-Guaçu, quando começa a infletir para sudoeste, servindo de fronteira entre o Brasil e Argentina, até receber o rio Quaraí, afluente da margem esquerda que atua como fronteira entre o Brasil e o Uruguai. A partir da desembocadura do Quaraí, o Uruguai segue para o sul até a localidade de Nueva Palmira, onde lança suas águas no rio da Prata. Seu percurso total é de 1.770Km da junção de seus formadores até a foz do Quaraí perfaz 1.262Km. Os restantes 508Km correm entre terras uruguaias e argentinas. Seu desnível total é de (24cm/km).
O rio Uruguai pode ser considerado, fisicamente:
Superior - Da junção dos rios Pelotas e Canoas, até a foz do Piratini, com uma extensão de 816Km e um desnível de 43cm/km. Médio - Da foz do Piratini à cidade de Salto, no Uruguai, com uma extensão de 606Km e um desnível de 9cm/km. Inferior - Da cidade de Salto à Nueva Palmira, um percurso de 348Km com desnível de 3cm/km.
A navegação do rio Uruguai só apresenta expressão econômica em seu trecho inferior, onde o rio é percorrido por navios de cabotagem, da foz a Concepción, na Argentina. Acima desse local, a navegação é mais difícil, podendo ser feita por pequenas embarcações até a cidade de Salto, no Uruguai. Acima de Salto a navegação é dificultada pela existência de rápidos e corredeiras, agravando-se a situação em direção a montante. Têm-se efetuado a navegação, por embarcações de pequeno porte, nos 210Km entre São Borja e Uruguaiana.
Em Julho de 2000, o Rio Iguaçu - que pertence a essa bacia -, é cenário de um dos maiores desastres ecológicos da história do país: cerca de 4 milhões de litros de óleo, vazam da refinaria Presidente Getúlio Vargas da Petrobrás, e formam uma mancha de quase 20km de extensão no rio, afetando o equilíbrio ecológico da região.
Bacia Hidrográfica do Atlântico Sul - É composta de várias pequenas e médias bacias costeiras, formadas por rios que desaguam no Oceano Atlântico. O trecho norte-nordeste engloba rios localizados no norte da bacia amazônica e aqueles situados entre a foz do rio Tocantins e a do rio São Francisco. Entre eles, está o Rio Parnaíba, na divisa entre o Piauí e o Maranhão, que forma o único delta oceânico das Américas. Entre a foz do rio São Francisco e a divisa do Rio de Janeiro e São Paulo estão as bacias do trecho leste, no qual se destaca o rio Paraíba do Sul. A partir dessa área começam as bacias do sudeste-sul. Seu rio mais importante é o Itajaí, no estado de Santa Catarina.
Maiores usinas hidrelétricas brasileiras:
As maiores usinas hidrelétricas brasileiras por capacidade instalada, até o final de 2002, são:
1) Itaipú (Rio Paraná) - 12.600 MW (*); 2) Tucuruí (Rio Tocantins) - 4.245 MW; 3) Ilha Solteira (Rio Paraná) - 3.444 MW; 4) Xingó (Rio São Francisco) - 3.000 MW; 5) Paulo Afonso IV (São Francisco) - 2.460 MW; 6) Itumbiara (Rio Paranaíba) - 2.082 MW; 7) São Simão (Rio Paranaíba) - 1.710 MW; 8) Fóz do Areia (Rio Iguaçú) - 1.676 MW; 9) Jupiá (Rio Paraná) - 1.551 MW; 10) Itaparica (Rio São Francisco) - 1.500 MW; 11) Itá (Rio Uruguai) - 1.450 MW; 12) Marimbondo (Rio Grande) - 1.440 MW; 13) Porto Primavera (Rio Paraná) - 1.430 MW; 14) Salto Santiago (Rio Iguaçú) - 1.420 MW; 15) Água Vermelha (Rio Grande) - 1.396 MW; 16) Corumbá (Rio Corumbá) - 1.275 MW; 17) Segredo (Rio Iguaçú) - 1.260 MW; 18) Salto Caxias (Rio Iguaçú) - 1.240 MW; 19) Furnas (Rio Grande) - 1.216 MW; 20) Emborcação (Rio Paranaíba) - 1.192 MW; 21) Salto Osório (Rio Iguaçú) - 1.078 MW; 22) Estreito (Rio Grande) - 1.050 MW; 23) Sobradinho (Rio São Francisco) - 1.050 MW.
(*) Itaipú é considerada usina binacional (Brasil/Paraguai). Assim, inteiramente nacional, a maior é a de Tucuruí, no Pará.
FONTES: ABRAGE e CESP.
Maiores rios brasileiros em vazão e por extensão (m³/s)
1°) Rio Amazonas (Bacia Amazônica) - 209.000; 2°) Rio Solimões (Bacia Amazônica) - 103.000; 3°) Rio Madeira (Bacia Amazônica) - 31.200; 4°) Rio Negro (Bacia Amazônica) - 28.400; 5°) Rio Japurá (Bacia Amazônica) - 18.620; 6°) Rio Tapajós (Bacia Amazônica) - 13.500; 7°) Rio Purus (Bacia Amazônica), Rio Tocantins (Bacia Tocantins-Araguaia) e Rio Paraná (Bacia do Prata) - 11.000; 10°) Rio Xingu (Bacia Amazônica) - 9.700; 11°) Rio Içá (Bacia Amazônica) - 8.800; 12°) Rio Juruá (Bacia Amazônica) - 8.440; 13°) Rio Araguaia (Bacia Tocantins-Araguaia) - 5.500; 14°) Rio Uruguai (Bacia do Prata) - 4.150; 15°) Rio São Francisco (Bacia do São Francisco) - 2.850; e 16°) Rio Paraguai (Bacia do Prata) - 1.290.Observações: 1) Os rios da bacia amazônica são responsáveis por 72% dos recursos hídricos do Brasil; 2) o aqüífero guarani, com 1.194.800 km² de extensão e 45 quatrilhões de litros, é o maior reservatório de água doce da América do Sul e 70% dele está localizado no Brasil (Mato Grosso do Sul - 25,5%, Rio Grande do Sul - 18,8%, São Paulo - 18,5%, Paraná - 15,0%, Goiás - 6,5%, Santa Catarina - 6,5%, Minas Gerais - 6,1% e Mato Grosso - 3,1%), 19% na Argentina, 6% no Paraguai e 5% no Uruguai.
Recursos Hídricos - Os maiores rios brasileiros por extensão:Amazonas 6.868km (Bacia Amazônica), São Francisco 3.160 km (Bacia do São Francisco), Tocantins 2.640 km (Bacia Tocantins-Araguaia), Negro, Tapajós, Xingú (Bacia Amazônica), Araguaia (Bacia Tocantins-Araguaia), Madeira (Bacia Amazônica); Paraná 2.940km, Paraguai e Uruguai 1.500km (todos da Bacia do Prata).
FONTE: Agência Nacional de Águas (ANA) e Secretaria Nacional de Recursos Hídricos.
Gelo marinho no ártico é o 2º menor da história
da Reuters
Agora é oficial: o gelo marinho no Ártico atingiu em 2008 sua segunda menor extensão já registrada, 4,52 milhões de quilômetros quadrados. Embora seja 9,4% maior que o recorde de degelo de todos os tempos, batido em 2007, essa extensão sinaliza uma forte tendência de declínio, o que pode significar um pólo Norte sem gelo no verão num futuro próximo.
A estação de degelo foi considerada encerrada ontem pelo NSICD (Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve) dos Estados Unidos, que monitora o estado da banquisa. A partir da segunda quinzena de setembro, quando começa o outono no hemisfério Norte, o gelo marinho começa a se recongelar.
Apesar de afastado o temor de um novo recorde, a extensão da banquisa ficou 33% abaixo da média observada desde 1979, quando começaram as medições com satélites.
E, neste ano, tornou-se possível pela primeira vez circunavegar o Ártico. Tanto a Passagem Noroeste (entre a Europa e a Ásia via Canadá) quanto a Rota Marítima Norte (pela costa siberiana) se abriram.
"Não estamos num mínimo como o do ano passado, mas estamos abaixo de qualquer coisa que tivemos no passado", disse Walt Meier, do NSIDC.
O gelo ártico é um fator de regulação do clima global. A diferença entre o ar frio dos pólos e o ar quente no Equador põe em marcha as correntes marinhas e os ventos. O gelo marinho ajuda a manter o frio no pólo Norte, porque rebate a radiação solar de volta para o espaço. Quando a banquisa derrete, a água escura absorve radiação, aumentando mais o calor.
O degelo de 2008, para Meier, é de certa forma mais grave que o de 2007, porque 2008 foi mais frio no norte."Em termos de clima no longo prazo, isto não é uma recuperação de forma alguma", ele disse. "A tendência de longo prazo é ladeira abaixo, e ela está ficando mais íngreme."
Os cientistas atribuem o degelo ao aquecimento global. "Isso é uma indicação de que não se trata de nenhum ciclo temporário. É mais uma indicação de que estamos chegando ao ponto em que teremos o gelo marinho completamente derretido, nas próximas décadas ou talvez antes."
da Reuters
Agora é oficial: o gelo marinho no Ártico atingiu em 2008 sua segunda menor extensão já registrada, 4,52 milhões de quilômetros quadrados. Embora seja 9,4% maior que o recorde de degelo de todos os tempos, batido em 2007, essa extensão sinaliza uma forte tendência de declínio, o que pode significar um pólo Norte sem gelo no verão num futuro próximo.
A estação de degelo foi considerada encerrada ontem pelo NSICD (Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve) dos Estados Unidos, que monitora o estado da banquisa. A partir da segunda quinzena de setembro, quando começa o outono no hemisfério Norte, o gelo marinho começa a se recongelar.
Nasa
Mosaico de imagens do satélite Aqua, da Nasa, mostra extensão da banquisa ártica entre julho e setembro de 2008
Mosaico de imagens do satélite Aqua, da Nasa, mostra extensão da banquisa ártica entre julho e setembro de 2008
Apesar de afastado o temor de um novo recorde, a extensão da banquisa ficou 33% abaixo da média observada desde 1979, quando começaram as medições com satélites.
E, neste ano, tornou-se possível pela primeira vez circunavegar o Ártico. Tanto a Passagem Noroeste (entre a Europa e a Ásia via Canadá) quanto a Rota Marítima Norte (pela costa siberiana) se abriram.
"Não estamos num mínimo como o do ano passado, mas estamos abaixo de qualquer coisa que tivemos no passado", disse Walt Meier, do NSIDC.
O gelo ártico é um fator de regulação do clima global. A diferença entre o ar frio dos pólos e o ar quente no Equador põe em marcha as correntes marinhas e os ventos. O gelo marinho ajuda a manter o frio no pólo Norte, porque rebate a radiação solar de volta para o espaço. Quando a banquisa derrete, a água escura absorve radiação, aumentando mais o calor.
O degelo de 2008, para Meier, é de certa forma mais grave que o de 2007, porque 2008 foi mais frio no norte."Em termos de clima no longo prazo, isto não é uma recuperação de forma alguma", ele disse. "A tendência de longo prazo é ladeira abaixo, e ela está ficando mais íngreme."
Os cientistas atribuem o degelo ao aquecimento global. "Isso é uma indicação de que não se trata de nenhum ciclo temporário. É mais uma indicação de que estamos chegando ao ponto em que teremos o gelo marinho completamente derretido, nas próximas décadas ou talvez antes."
Buraco da camada de ozônio sobre Antártida já é maior do que em 2007
da Efe, em Genebra
O buraco da camada de ozônio sobre a Antártida já é maior do que em 2007, segundo a Organização Mundial de Meteorologia (OMM). Entretanto, para especialistas, o índice não deve atingir neste ano os níveis de 2006, quando foi observada a maior abertura da história.
Nas duas últimas semanas, o buraco na camada de ozônio sobre o continente antártico --que costuma alcançar sua abertura máxima no final de setembro e início de outubro --tem aumentado rapidamente, segundo os especialistas, até o ponto de superar o máximo alcançado em 2007.
No dia 13 de setembro, o buraco da camada de ozônio se espalhava por 27 milhões de km2, enquanto a mesma abertura não tinha superado 25 milhões de km2 em 2007.
A OMM afirmou hoje que os cientistas estão cada vez mais conscientes das possíveis relações entre a diminuição da camada de ozônio e a mudança climática.
"O aumento dos gases do efeito estufa na atmosfera contribuirá para um aumento das temperaturas na troposfera e na superfície do globo, enquanto será produzido um efeito de esfriamento na estratosfera, altitude na qual está a camada de ozônio", destacou em comunicado.
A diminuição das temperaturas observada nos últimos anos na estratosfera no inverno facilita as reações químicas que destroem o ozônio.
Geir Braathen, especialista da OMM, afirma que, apesar do maior tamanho do buraco neste ano, "a situação deve melhorar no longo prazo". "Nós já vimos o pior [em 2006]".
'Nas latitudes temperadas, onde vive a maior parte da população mundial, não achamos que a situação irá se agravar, mas irá melhorando lentamente, enquanto nas zonas polares a situação é mais grave e veremos o buraco da camada de ozônio por outros 10 ou 20 anos como agora', declarou.
Pelo Protocolo de Montreal, os governos concordaram em eliminar 95% o uso de gases CFC, comumente usados para refrigeração. A essa decisão se uniu no ano passado um compromisso de acelerar a redução progressiva dos hidroclorofluorcarbonos (HCFC), que os substituíram e que também são prejudiciais ao ozônio, além de serem potentes gases do efeito estufa.
Em 2006, o buraco sobre a Antártida bateu recorde por causa de um inverno frio e se estendeu sobre uma superfície de 29,5 milhões de km2, com uma perda de ozônio avaliada em 40 milhões de toneladas.
da Efe, em Genebra
O buraco da camada de ozônio sobre a Antártida já é maior do que em 2007, segundo a Organização Mundial de Meteorologia (OMM). Entretanto, para especialistas, o índice não deve atingir neste ano os níveis de 2006, quando foi observada a maior abertura da história.
Nas duas últimas semanas, o buraco na camada de ozônio sobre o continente antártico --que costuma alcançar sua abertura máxima no final de setembro e início de outubro --tem aumentado rapidamente, segundo os especialistas, até o ponto de superar o máximo alcançado em 2007.
No dia 13 de setembro, o buraco da camada de ozônio se espalhava por 27 milhões de km2, enquanto a mesma abertura não tinha superado 25 milhões de km2 em 2007.
A OMM afirmou hoje que os cientistas estão cada vez mais conscientes das possíveis relações entre a diminuição da camada de ozônio e a mudança climática.
"O aumento dos gases do efeito estufa na atmosfera contribuirá para um aumento das temperaturas na troposfera e na superfície do globo, enquanto será produzido um efeito de esfriamento na estratosfera, altitude na qual está a camada de ozônio", destacou em comunicado.
A diminuição das temperaturas observada nos últimos anos na estratosfera no inverno facilita as reações químicas que destroem o ozônio.
Geir Braathen, especialista da OMM, afirma que, apesar do maior tamanho do buraco neste ano, "a situação deve melhorar no longo prazo". "Nós já vimos o pior [em 2006]".
'Nas latitudes temperadas, onde vive a maior parte da população mundial, não achamos que a situação irá se agravar, mas irá melhorando lentamente, enquanto nas zonas polares a situação é mais grave e veremos o buraco da camada de ozônio por outros 10 ou 20 anos como agora', declarou.
Pelo Protocolo de Montreal, os governos concordaram em eliminar 95% o uso de gases CFC, comumente usados para refrigeração. A essa decisão se uniu no ano passado um compromisso de acelerar a redução progressiva dos hidroclorofluorcarbonos (HCFC), que os substituíram e que também são prejudiciais ao ozônio, além de serem potentes gases do efeito estufa.
Em 2006, o buraco sobre a Antártida bateu recorde por causa de um inverno frio e se estendeu sobre uma superfície de 29,5 milhões de km2, com uma perda de ozônio avaliada em 40 milhões de toneladas.
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