terça-feira, 23 de setembro de 2008
Bacias Hidrográficas e rios
Bacia Hidrográfica Amazônica - É a maior bacia hidrográfica do mundo, com 7.050.000 km², sendo que 3.904.392,8 km² estão em terras brasileiras. Seu rio principal (Amazonas), nasce no Peru com o nome de Vilcanota e recebe posteriormente os nomes de Ucaiali, Urubamba e Marañon. Quando entra no Brasil, passa-se a chamar Solimões e, após o encontro com o Rio Negro, perto de Manaus, recebe o nome de Rio Amazonas. O Rio Amazonas percorre 6.280 km, sendo o segundo maior do planeta em extensão (após o Rio Nilo, no Egito, com 6.670 km) é o maior do mundo em vazão de água. Sua largura média é de 5 quilômetros e possui 7 mil afluentes, além de diversos cursos de água menores e canais fluviais criados pelos processos de cheia e vazante. A Bacia Amazônica está localizada em uma região de planície e tem cerca de 23 mil km de rios navegáveis, que possibilitam o desenvolvimento do transporte hidroviário. A navegação é importante nos grandes afluentes do Rio Amazonas, como o Madeira, o Xingu, o Tapajós, o Negro, o Trombetas e o Jari. Em 1997 é inaugurada a na bacia, a Hidrovia do Rio Madeira, que opera de Porto Velho até Itacoatiara, no Amazonas. Possui 1.056km de extensão e por lá é feito o escoamento da maior parte da produção de grãos e minérios da região.
Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco - Possui uma área de 645.067,2 km² de extensão e o seu principal rio é o São Francisco, com 3.160 km de extensão. É o maior rio totalmente brasileiro e percorre 5 estados (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe). Além disso é fundamental na economia da região que percorre, pois permite a atividade agrícola em suas margens e oferece condições para a irrigação artificial de áreas mais distantes, muitas delas semi-áridas. Os principais afluentes perenes são os rios Cariranha, Pardo, Grande e das Velhas. Seu maior trecho navegável se encontra entre as cidades de Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) com 1.371km de extensão. O potencial hidrelétrico do rio é aproveitado principalmente pelas grandes usinas de Xingó e Paulo Afonso.
Bacia Hidrográfica dos Rios Tocantins-Araguaia - É a maior bacia localizada inteiramente em território brasileiro, com 813.674,1 km². Seus principais rios são o Tocantins e o Araguaia. O rio Tocantins, com 2.640 km de extensão, nasce em Goiás e desemboca na foz do Amazonas. Possui 2.200 km navegáveis (Entre as cidades de Peixe-GO e Belém-PA) e parte de seu potencial hidrelétrico é aproveitado pela usina de Tucuruí, no Pará - a 2ª maior do país e uma das cinco maiores do mundo. O Rio Araguaia nasce em Mato Grosso, na fronteira com Goiás e une-se ao Tocantins no extremo norte do estado de Tocantins. A construção da Hidrovia Araguaia-Tocantins, tem sido questionada pelas ONGs (Organizações Não-Governamentais) em razão dos impactos ambientais que ela pode provocar, cortando dez (10) áreas de preservação ambiental e 35 (trinta e cinco) áreas indígenas, afetando uma população de 10 mil índios.00 km navegáveis (Entre as cidades de Peixe-GO e Belém-PA) e parte de seu potencial hidrelétrico é aproveitado pela usina de Tucuruí, no Pará - a 2ª maior do país e uma das cinco maiores do mundo. O Rio Araguaia nasce em Goiás, próximo a cidade de Mineiros e ao Parque Nacional das Emas e une-se ao Tocantins no extremo norte do estado de Tocantins. A construção da Hidrovia Araguaia-Tocantins, tem sido questionada pelas ONGs (Organizações Não-Governamentais) em razão dos impactos ambientais que ela pode provocar, cortando dez (10) áreas de preservação ambiental e 35 (trinta e cinco) áreas indígenas, afetando uma população de 10 mil índios.
Bacia Hidrográfica do Rio da Prata - O Rio da Prata tem origem no encontro dos rios Paraná, Uruguai e Paraguai, na fronteira entre a Argentina e Uruguai. Esses quatro rios são os principais formadores dessa bacia, de 1.397.905,5 km² - a segunda maior do país - e se estende entre Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Argentina. O Rio Paraná com 2.940 km nasce na junção dos rios Paranaíba e Grande, na divisa de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Apresenta o maior aproveitamento hidrelétrico do Brasil, abrigando por exemplo, a Usina de Itaipu. Em 1999 foi inaugurada no Rio Paraná, a Usina Hidrelétrica de Porto Primavera - a segunda maior do Estado de São Paulo. Os afluentes do Paraná (Tietê e Paranapanema, tem grande potencial para geração de energia. Com relação às hidrovias, a Tietê-Paraná, é a mais antiga do país, atualmente com 2.400km de extensão.
O rio Uruguai forma-se pela junção dos rios Canoas e Pelotas, na divisa entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Seus formadores têm suas nascentes na Serra Geral em cotas aproximadas de 1.800m e apresenta uma direção geral leste-oeste, até receber, pela margem direita, o rio Peperi-Guaçu, quando começa a infletir para sudoeste, servindo de fronteira entre o Brasil e Argentina, até receber o rio Quaraí, afluente da margem esquerda que atua como fronteira entre o Brasil e o Uruguai. A partir da desembocadura do Quaraí, o Uruguai segue para o sul até a localidade de Nueva Palmira, onde lança suas águas no rio da Prata. Seu percurso total é de 1.770Km da junção de seus formadores até a foz do Quaraí perfaz 1.262Km. Os restantes 508Km correm entre terras uruguaias e argentinas. Seu desnível total é de (24cm/km).
O rio Uruguai pode ser considerado, fisicamente:
Superior - Da junção dos rios Pelotas e Canoas, até a foz do Piratini, com uma extensão de 816Km e um desnível de 43cm/km. Médio - Da foz do Piratini à cidade de Salto, no Uruguai, com uma extensão de 606Km e um desnível de 9cm/km. Inferior - Da cidade de Salto à Nueva Palmira, um percurso de 348Km com desnível de 3cm/km.
A navegação do rio Uruguai só apresenta expressão econômica em seu trecho inferior, onde o rio é percorrido por navios de cabotagem, da foz a Concepción, na Argentina. Acima desse local, a navegação é mais difícil, podendo ser feita por pequenas embarcações até a cidade de Salto, no Uruguai. Acima de Salto a navegação é dificultada pela existência de rápidos e corredeiras, agravando-se a situação em direção a montante. Têm-se efetuado a navegação, por embarcações de pequeno porte, nos 210Km entre São Borja e Uruguaiana.
Em Julho de 2000, o Rio Iguaçu - que pertence a essa bacia -, é cenário de um dos maiores desastres ecológicos da história do país: cerca de 4 milhões de litros de óleo, vazam da refinaria Presidente Getúlio Vargas da Petrobrás, e formam uma mancha de quase 20km de extensão no rio, afetando o equilíbrio ecológico da região.
Bacia Hidrográfica do Atlântico Sul - É composta de várias pequenas e médias bacias costeiras, formadas por rios que desaguam no Oceano Atlântico. O trecho norte-nordeste engloba rios localizados no norte da bacia amazônica e aqueles situados entre a foz do rio Tocantins e a do rio São Francisco. Entre eles, está o Rio Parnaíba, na divisa entre o Piauí e o Maranhão, que forma o único delta oceânico das Américas. Entre a foz do rio São Francisco e a divisa do Rio de Janeiro e São Paulo estão as bacias do trecho leste, no qual se destaca o rio Paraíba do Sul. A partir dessa área começam as bacias do sudeste-sul. Seu rio mais importante é o Itajaí, no estado de Santa Catarina.
Maiores usinas hidrelétricas brasileiras:
As maiores usinas hidrelétricas brasileiras por capacidade instalada, até o final de 2002, são:
1) Itaipú (Rio Paraná) - 12.600 MW (*); 2) Tucuruí (Rio Tocantins) - 4.245 MW; 3) Ilha Solteira (Rio Paraná) - 3.444 MW; 4) Xingó (Rio São Francisco) - 3.000 MW; 5) Paulo Afonso IV (São Francisco) - 2.460 MW; 6) Itumbiara (Rio Paranaíba) - 2.082 MW; 7) São Simão (Rio Paranaíba) - 1.710 MW; 8) Fóz do Areia (Rio Iguaçú) - 1.676 MW; 9) Jupiá (Rio Paraná) - 1.551 MW; 10) Itaparica (Rio São Francisco) - 1.500 MW; 11) Itá (Rio Uruguai) - 1.450 MW; 12) Marimbondo (Rio Grande) - 1.440 MW; 13) Porto Primavera (Rio Paraná) - 1.430 MW; 14) Salto Santiago (Rio Iguaçú) - 1.420 MW; 15) Água Vermelha (Rio Grande) - 1.396 MW; 16) Corumbá (Rio Corumbá) - 1.275 MW; 17) Segredo (Rio Iguaçú) - 1.260 MW; 18) Salto Caxias (Rio Iguaçú) - 1.240 MW; 19) Furnas (Rio Grande) - 1.216 MW; 20) Emborcação (Rio Paranaíba) - 1.192 MW; 21) Salto Osório (Rio Iguaçú) - 1.078 MW; 22) Estreito (Rio Grande) - 1.050 MW; 23) Sobradinho (Rio São Francisco) - 1.050 MW.
(*) Itaipú é considerada usina binacional (Brasil/Paraguai). Assim, inteiramente nacional, a maior é a de Tucuruí, no Pará.
FONTES: ABRAGE e CESP.
Maiores rios brasileiros em vazão e por extensão (m³/s)
1°) Rio Amazonas (Bacia Amazônica) - 209.000; 2°) Rio Solimões (Bacia Amazônica) - 103.000; 3°) Rio Madeira (Bacia Amazônica) - 31.200; 4°) Rio Negro (Bacia Amazônica) - 28.400; 5°) Rio Japurá (Bacia Amazônica) - 18.620; 6°) Rio Tapajós (Bacia Amazônica) - 13.500; 7°) Rio Purus (Bacia Amazônica), Rio Tocantins (Bacia Tocantins-Araguaia) e Rio Paraná (Bacia do Prata) - 11.000; 10°) Rio Xingu (Bacia Amazônica) - 9.700; 11°) Rio Içá (Bacia Amazônica) - 8.800; 12°) Rio Juruá (Bacia Amazônica) - 8.440; 13°) Rio Araguaia (Bacia Tocantins-Araguaia) - 5.500; 14°) Rio Uruguai (Bacia do Prata) - 4.150; 15°) Rio São Francisco (Bacia do São Francisco) - 2.850; e 16°) Rio Paraguai (Bacia do Prata) - 1.290.Observações: 1) Os rios da bacia amazônica são responsáveis por 72% dos recursos hídricos do Brasil; 2) o aqüífero guarani, com 1.194.800 km² de extensão e 45 quatrilhões de litros, é o maior reservatório de água doce da América do Sul e 70% dele está localizado no Brasil (Mato Grosso do Sul - 25,5%, Rio Grande do Sul - 18,8%, São Paulo - 18,5%, Paraná - 15,0%, Goiás - 6,5%, Santa Catarina - 6,5%, Minas Gerais - 6,1% e Mato Grosso - 3,1%), 19% na Argentina, 6% no Paraguai e 5% no Uruguai.
Recursos Hídricos - Os maiores rios brasileiros por extensão:Amazonas 6.868km (Bacia Amazônica), São Francisco 3.160 km (Bacia do São Francisco), Tocantins 2.640 km (Bacia Tocantins-Araguaia), Negro, Tapajós, Xingú (Bacia Amazônica), Araguaia (Bacia Tocantins-Araguaia), Madeira (Bacia Amazônica); Paraná 2.940km, Paraguai e Uruguai 1.500km (todos da Bacia do Prata).
FONTE: Agência Nacional de Águas (ANA) e Secretaria Nacional de Recursos Hídricos.
Gelo marinho no ártico é o 2º menor da história
da Reuters
Agora é oficial: o gelo marinho no Ártico atingiu em 2008 sua segunda menor extensão já registrada, 4,52 milhões de quilômetros quadrados. Embora seja 9,4% maior que o recorde de degelo de todos os tempos, batido em 2007, essa extensão sinaliza uma forte tendência de declínio, o que pode significar um pólo Norte sem gelo no verão num futuro próximo.
A estação de degelo foi considerada encerrada ontem pelo NSICD (Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve) dos Estados Unidos, que monitora o estado da banquisa. A partir da segunda quinzena de setembro, quando começa o outono no hemisfério Norte, o gelo marinho começa a se recongelar.
Apesar de afastado o temor de um novo recorde, a extensão da banquisa ficou 33% abaixo da média observada desde 1979, quando começaram as medições com satélites.
E, neste ano, tornou-se possível pela primeira vez circunavegar o Ártico. Tanto a Passagem Noroeste (entre a Europa e a Ásia via Canadá) quanto a Rota Marítima Norte (pela costa siberiana) se abriram.
"Não estamos num mínimo como o do ano passado, mas estamos abaixo de qualquer coisa que tivemos no passado", disse Walt Meier, do NSIDC.
O gelo ártico é um fator de regulação do clima global. A diferença entre o ar frio dos pólos e o ar quente no Equador põe em marcha as correntes marinhas e os ventos. O gelo marinho ajuda a manter o frio no pólo Norte, porque rebate a radiação solar de volta para o espaço. Quando a banquisa derrete, a água escura absorve radiação, aumentando mais o calor.
O degelo de 2008, para Meier, é de certa forma mais grave que o de 2007, porque 2008 foi mais frio no norte."Em termos de clima no longo prazo, isto não é uma recuperação de forma alguma", ele disse. "A tendência de longo prazo é ladeira abaixo, e ela está ficando mais íngreme."
Os cientistas atribuem o degelo ao aquecimento global. "Isso é uma indicação de que não se trata de nenhum ciclo temporário. É mais uma indicação de que estamos chegando ao ponto em que teremos o gelo marinho completamente derretido, nas próximas décadas ou talvez antes."
da Reuters
Agora é oficial: o gelo marinho no Ártico atingiu em 2008 sua segunda menor extensão já registrada, 4,52 milhões de quilômetros quadrados. Embora seja 9,4% maior que o recorde de degelo de todos os tempos, batido em 2007, essa extensão sinaliza uma forte tendência de declínio, o que pode significar um pólo Norte sem gelo no verão num futuro próximo.
A estação de degelo foi considerada encerrada ontem pelo NSICD (Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve) dos Estados Unidos, que monitora o estado da banquisa. A partir da segunda quinzena de setembro, quando começa o outono no hemisfério Norte, o gelo marinho começa a se recongelar.
Nasa
Mosaico de imagens do satélite Aqua, da Nasa, mostra extensão da banquisa ártica entre julho e setembro de 2008
Mosaico de imagens do satélite Aqua, da Nasa, mostra extensão da banquisa ártica entre julho e setembro de 2008
Apesar de afastado o temor de um novo recorde, a extensão da banquisa ficou 33% abaixo da média observada desde 1979, quando começaram as medições com satélites.
E, neste ano, tornou-se possível pela primeira vez circunavegar o Ártico. Tanto a Passagem Noroeste (entre a Europa e a Ásia via Canadá) quanto a Rota Marítima Norte (pela costa siberiana) se abriram.
"Não estamos num mínimo como o do ano passado, mas estamos abaixo de qualquer coisa que tivemos no passado", disse Walt Meier, do NSIDC.
O gelo ártico é um fator de regulação do clima global. A diferença entre o ar frio dos pólos e o ar quente no Equador põe em marcha as correntes marinhas e os ventos. O gelo marinho ajuda a manter o frio no pólo Norte, porque rebate a radiação solar de volta para o espaço. Quando a banquisa derrete, a água escura absorve radiação, aumentando mais o calor.
O degelo de 2008, para Meier, é de certa forma mais grave que o de 2007, porque 2008 foi mais frio no norte."Em termos de clima no longo prazo, isto não é uma recuperação de forma alguma", ele disse. "A tendência de longo prazo é ladeira abaixo, e ela está ficando mais íngreme."
Os cientistas atribuem o degelo ao aquecimento global. "Isso é uma indicação de que não se trata de nenhum ciclo temporário. É mais uma indicação de que estamos chegando ao ponto em que teremos o gelo marinho completamente derretido, nas próximas décadas ou talvez antes."
Buraco da camada de ozônio sobre Antártida já é maior do que em 2007
da Efe, em Genebra
O buraco da camada de ozônio sobre a Antártida já é maior do que em 2007, segundo a Organização Mundial de Meteorologia (OMM). Entretanto, para especialistas, o índice não deve atingir neste ano os níveis de 2006, quando foi observada a maior abertura da história.
Nas duas últimas semanas, o buraco na camada de ozônio sobre o continente antártico --que costuma alcançar sua abertura máxima no final de setembro e início de outubro --tem aumentado rapidamente, segundo os especialistas, até o ponto de superar o máximo alcançado em 2007.
No dia 13 de setembro, o buraco da camada de ozônio se espalhava por 27 milhões de km2, enquanto a mesma abertura não tinha superado 25 milhões de km2 em 2007.
A OMM afirmou hoje que os cientistas estão cada vez mais conscientes das possíveis relações entre a diminuição da camada de ozônio e a mudança climática.
"O aumento dos gases do efeito estufa na atmosfera contribuirá para um aumento das temperaturas na troposfera e na superfície do globo, enquanto será produzido um efeito de esfriamento na estratosfera, altitude na qual está a camada de ozônio", destacou em comunicado.
A diminuição das temperaturas observada nos últimos anos na estratosfera no inverno facilita as reações químicas que destroem o ozônio.
Geir Braathen, especialista da OMM, afirma que, apesar do maior tamanho do buraco neste ano, "a situação deve melhorar no longo prazo". "Nós já vimos o pior [em 2006]".
'Nas latitudes temperadas, onde vive a maior parte da população mundial, não achamos que a situação irá se agravar, mas irá melhorando lentamente, enquanto nas zonas polares a situação é mais grave e veremos o buraco da camada de ozônio por outros 10 ou 20 anos como agora', declarou.
Pelo Protocolo de Montreal, os governos concordaram em eliminar 95% o uso de gases CFC, comumente usados para refrigeração. A essa decisão se uniu no ano passado um compromisso de acelerar a redução progressiva dos hidroclorofluorcarbonos (HCFC), que os substituíram e que também são prejudiciais ao ozônio, além de serem potentes gases do efeito estufa.
Em 2006, o buraco sobre a Antártida bateu recorde por causa de um inverno frio e se estendeu sobre uma superfície de 29,5 milhões de km2, com uma perda de ozônio avaliada em 40 milhões de toneladas.
da Efe, em Genebra
O buraco da camada de ozônio sobre a Antártida já é maior do que em 2007, segundo a Organização Mundial de Meteorologia (OMM). Entretanto, para especialistas, o índice não deve atingir neste ano os níveis de 2006, quando foi observada a maior abertura da história.
Nas duas últimas semanas, o buraco na camada de ozônio sobre o continente antártico --que costuma alcançar sua abertura máxima no final de setembro e início de outubro --tem aumentado rapidamente, segundo os especialistas, até o ponto de superar o máximo alcançado em 2007.
No dia 13 de setembro, o buraco da camada de ozônio se espalhava por 27 milhões de km2, enquanto a mesma abertura não tinha superado 25 milhões de km2 em 2007.
A OMM afirmou hoje que os cientistas estão cada vez mais conscientes das possíveis relações entre a diminuição da camada de ozônio e a mudança climática.
"O aumento dos gases do efeito estufa na atmosfera contribuirá para um aumento das temperaturas na troposfera e na superfície do globo, enquanto será produzido um efeito de esfriamento na estratosfera, altitude na qual está a camada de ozônio", destacou em comunicado.
A diminuição das temperaturas observada nos últimos anos na estratosfera no inverno facilita as reações químicas que destroem o ozônio.
Geir Braathen, especialista da OMM, afirma que, apesar do maior tamanho do buraco neste ano, "a situação deve melhorar no longo prazo". "Nós já vimos o pior [em 2006]".
'Nas latitudes temperadas, onde vive a maior parte da população mundial, não achamos que a situação irá se agravar, mas irá melhorando lentamente, enquanto nas zonas polares a situação é mais grave e veremos o buraco da camada de ozônio por outros 10 ou 20 anos como agora', declarou.
Pelo Protocolo de Montreal, os governos concordaram em eliminar 95% o uso de gases CFC, comumente usados para refrigeração. A essa decisão se uniu no ano passado um compromisso de acelerar a redução progressiva dos hidroclorofluorcarbonos (HCFC), que os substituíram e que também são prejudiciais ao ozônio, além de serem potentes gases do efeito estufa.
Em 2006, o buraco sobre a Antártida bateu recorde por causa de um inverno frio e se estendeu sobre uma superfície de 29,5 milhões de km2, com uma perda de ozônio avaliada em 40 milhões de toneladas.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
1a Bicicletada de PG/ dia 22 de setembro
Está confirmada! A 1ª Bicicletada de Ponta Grossa será no dia 13 de Setembro de 2008, sábado, como prévia para o Dia Mundial Sem Carro que ocorre no próximo dia 22. A Bicicletada de estréia acontece a partir das 14 horas com concentração em frente à Concha Acústica na Praça Barão do Rio Branco, próximo à Igreja do Rosário.A pedalada começa às 15 horas percorrendo as principais ruas da cidade com participação especial dos amigos da Bicicletada de Curitiba.Podem participar pessoas de qualquer idade: adultos, crianças desde que acompanhadas de um responsável e idosos. Todos são bem-vindos. Se você não possui bicicleta, pode participar de skate, patinete, patins, enfim, qualquer meio de transporte não motorizado e não poluente.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
A máquina mais poderosa já construída
Saiba detalhes sobre a maior máquina já construída pelo homem
Não será o fim do mundo, mas a maior máquina já construída na história, enterrada sob a fronteira da Suíça com a França, poderá formar até pequenos buracos negros, devido à sua energia. As colisões de núcleos de átomos no túnel de mais de 27 km do LHC (Grande Colisor de Hádrons) vão gerar uma montanha de dados. Veja como o acelerador funciona.
Por dentro da supermáquina
O QUE É-O LHC (Grande Colisor de Hádrons) vai acelerar prótons (partículas contidas no núcleo de átomos) a altíssimas velocidades e fazê-los colidir entre si. Essas colisões produzem diversos outros tipos de partículas, permitindo aos físicos investigar o que compõe a matéria e a energia no nível mais elementar.
COMO É-Dois feixes de prótons percorrerão um túnel circular de 27 km. Um seguirá no sentido horário, outro no anti-horário. Os dois raios têm espessura de um sétimo de um fio de cabelo, mas a energia total de cada um é comparável à de um trem de 400 toneladas viajando a 150 km/h.
GELADEIRA GIGANTE-Os ímãs que darão impulso aos prótons no túnel do LHC funcionam resfriados por hélio líquido a -271,3ºC --mais frio do que no espaço sideral.
VELOCIDADE MÁXIMA-Cada próton no LHC dará 11.245 voltas no detector a cada segundo, viajando a 99,9999991% da velocidade da luz. Um feixe de prótons pode viajar durante dez horas no detector, cobrindo mais do que a distância de ida e volta a Netuno.
-O Modelo Padrão, a teoria que trata do mundo microscópico, é o que está em jogo. Ela divide as partículas elementares em "férmions" (constituintes da matéria) e "bósons" (partículas das forças de interação). Os férmions, por sua vez, se dividem em "quarks" (partículas pesadas como as que ficam no núcleo dos átomos) e léptons (partículas mais leves, como o elétron). O bóson mais conhecido é o fóton (a partícula da luz e do eletromagnetismo), que não tem peso. Não existe teoria comprovada para explicar por que as massas são diferentes. Uma partícula hipotética, o bóson de Higgs, pode ser a solução.
Martial Trezzini/AP
LHC, acelerador de partículas enterrado na Europa, pode resolver problemas que atormentam os físicos
OS DETECTORES
1 - ATLASO maior detector do LHC não caberia na catedral de Notre Dame. Seu objetivo principal é detectar o bóson de Higgs, mas ele pode ser usado com outros objetivos, como tentar detectar a chamada "supersimetria" --a existência de uma outra família de partículas no Modelo Padrão, mas com "spin" (rotação) diferente.
2 - LHCbEste detector investiga a diferença entre matéria e antimatéria --a matéria com carga invertida (elétrons positivos, prótons negativos etc.). Por alguma razão, a quantidade de matéria superou a de antimatéria no Universo, e os cientistas vão produzir antimatéria de maneira controlada no LHCb para tentar descobrir por quê.
3 - ALICEO Alice vai promover colisões entre íons de chumbo para criar um inferno energético semelhante ao estado da matéria logo após o Big Bang --explosão que originou o Universo. Entendendo melhor como partículas elementares chamadas quarks interagem entre si, cientistas ajudarão a cosmologia a entender melhor a evolução do Universo.
4 - CMSÉ o segundo maior detector do LHC. Assim como o Atlas, é um detector versátil e de propósitos múltiplos. Também terá capacidade de encontrar o bóson de Higgs e de fazer experimentos alternativos -como procurar dimensões extra do espaço.
Salvatore Di Nolfi/AP
Dois feixes de prótons percorreram um túnel circular de 27 km; um no sentido horário, outro no anti-horário
Não será o fim do mundo, mas a maior máquina já construída na história, enterrada sob a fronteira da Suíça com a França, poderá formar até pequenos buracos negros, devido à sua energia. As colisões de núcleos de átomos no túnel de mais de 27 km do LHC (Grande Colisor de Hádrons) vão gerar uma montanha de dados. Veja como o acelerador funciona.
Por dentro da supermáquina
O QUE É-O LHC (Grande Colisor de Hádrons) vai acelerar prótons (partículas contidas no núcleo de átomos) a altíssimas velocidades e fazê-los colidir entre si. Essas colisões produzem diversos outros tipos de partículas, permitindo aos físicos investigar o que compõe a matéria e a energia no nível mais elementar.
COMO É-Dois feixes de prótons percorrerão um túnel circular de 27 km. Um seguirá no sentido horário, outro no anti-horário. Os dois raios têm espessura de um sétimo de um fio de cabelo, mas a energia total de cada um é comparável à de um trem de 400 toneladas viajando a 150 km/h.
GELADEIRA GIGANTE-Os ímãs que darão impulso aos prótons no túnel do LHC funcionam resfriados por hélio líquido a -271,3ºC --mais frio do que no espaço sideral.
VELOCIDADE MÁXIMA-Cada próton no LHC dará 11.245 voltas no detector a cada segundo, viajando a 99,9999991% da velocidade da luz. Um feixe de prótons pode viajar durante dez horas no detector, cobrindo mais do que a distância de ida e volta a Netuno.
-O Modelo Padrão, a teoria que trata do mundo microscópico, é o que está em jogo. Ela divide as partículas elementares em "férmions" (constituintes da matéria) e "bósons" (partículas das forças de interação). Os férmions, por sua vez, se dividem em "quarks" (partículas pesadas como as que ficam no núcleo dos átomos) e léptons (partículas mais leves, como o elétron). O bóson mais conhecido é o fóton (a partícula da luz e do eletromagnetismo), que não tem peso. Não existe teoria comprovada para explicar por que as massas são diferentes. Uma partícula hipotética, o bóson de Higgs, pode ser a solução.
Martial Trezzini/AP
LHC, acelerador de partículas enterrado na Europa, pode resolver problemas que atormentam os físicos
OS DETECTORES
1 - ATLASO maior detector do LHC não caberia na catedral de Notre Dame. Seu objetivo principal é detectar o bóson de Higgs, mas ele pode ser usado com outros objetivos, como tentar detectar a chamada "supersimetria" --a existência de uma outra família de partículas no Modelo Padrão, mas com "spin" (rotação) diferente.
2 - LHCbEste detector investiga a diferença entre matéria e antimatéria --a matéria com carga invertida (elétrons positivos, prótons negativos etc.). Por alguma razão, a quantidade de matéria superou a de antimatéria no Universo, e os cientistas vão produzir antimatéria de maneira controlada no LHCb para tentar descobrir por quê.
3 - ALICEO Alice vai promover colisões entre íons de chumbo para criar um inferno energético semelhante ao estado da matéria logo após o Big Bang --explosão que originou o Universo. Entendendo melhor como partículas elementares chamadas quarks interagem entre si, cientistas ajudarão a cosmologia a entender melhor a evolução do Universo.
4 - CMSÉ o segundo maior detector do LHC. Assim como o Atlas, é um detector versátil e de propósitos múltiplos. Também terá capacidade de encontrar o bóson de Higgs e de fazer experimentos alternativos -como procurar dimensões extra do espaço.
Salvatore Di Nolfi/AP
Dois feixes de prótons percorreram um túnel circular de 27 km; um no sentido horário, outro no anti-horário
COLHENDO RESULTADOS
Saiba o que os cientistas esperam detectar no acelerador:
QUESTÃO DE MASSAO que físicos mais esperam ver é uma colisão liberando o bóson de Higgs. Essa partícula, segundo a teoria, cria um campo de força que interage com outras partículas e confere massa a elas.
FORA DO PADRÃOAlgumas tarefas do LHC não têm relação com o Modelo Padrão. Cientistas poderão descobrir, por exemplo, se existe uma quarta dimensão do espaço, prevista teoricamente. Também poderão surgir miniburacos negros, ou alguma pista sobre a matéria escura --que forma 26% de tudo o que existe no Universo, mas ninguém sabe do que é composta.
BYTES ESTRATOSFÉRICOSOs experimentos do LHC vão gerar a cada ano mais de 10 milhões de gigabytes de dados. Para gravar tudo isso seria preciso uma pilha de CDs com 20 km de altura. As informações, porém, ficarão guardadas em uma super-rede de computadores.
QUESTÃO DE MASSAO que físicos mais esperam ver é uma colisão liberando o bóson de Higgs. Essa partícula, segundo a teoria, cria um campo de força que interage com outras partículas e confere massa a elas.
FORA DO PADRÃOAlgumas tarefas do LHC não têm relação com o Modelo Padrão. Cientistas poderão descobrir, por exemplo, se existe uma quarta dimensão do espaço, prevista teoricamente. Também poderão surgir miniburacos negros, ou alguma pista sobre a matéria escura --que forma 26% de tudo o que existe no Universo, mas ninguém sabe do que é composta.
BYTES ESTRATOSFÉRICOSOs experimentos do LHC vão gerar a cada ano mais de 10 milhões de gigabytes de dados. Para gravar tudo isso seria preciso uma pilha de CDs com 20 km de altura. As informações, porém, ficarão guardadas em uma super-rede de computadores.
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