Geograficamente falando..: Dicas de bandas novas..

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Dicas de bandas novas..

Procure no Portal Terra pelo " Palco MP3" uma boa forma de descobrir novos sons de bandas brasileiras. Alguns exemplos são: O Super Galo, Os Desclassificados, Gils Hell, PunKake e muito mais. Passa lá p/ dar uma conferida.

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O poeta da roça - Patativa do Assaré

O poeta da roça

Sou fio das mata, cantô da mão grossa,
Trabaio na roça, de inverno e de estio.
A minha chupana é tapada de barro,
Só fumo cigarro de páia de mio.

Sou poeta das brenhas, não faço o papé
De argum menestré, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.

Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai coitadinho! vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.

Meu verso rastêro, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo e na roça,
Nas pobre paioça, da serra ao sertão.

Só canto o buliço da vida apertada,
Da liga pesada, das roça e dos eito
E às vêz, recordando a feliz mocidade,
Canto uma sôndade que mora em meu peito.

Eu canto o cabôco com sua caçada,
Nas noite assombrada que tudo apavora,
Por dentro da mata, com tanta corage
Topando as visage chamada caipora.

Eu canto o vaquêro vestido de côro,
Brigando com o tôro no mato fechado,
Que pega na ponta do brabo novio,
Ganhando lugio do dono do gado.

Eu canto o mendingo de sujo farrapo,
Coberto de trapo e mochila na mão,
Que chora pedindo o socorro dos home,
E tomba de fome, sem casa e sem pão,

E assim, sem cobiça dos cofre luzente,
Eu vivo contente e feliz com a sorte,
Morando no campo, sem vê a cidade,
Cantando as verdade das coisa do Norte.

( Patativa do Assaré )

O Poeta de Plantão - Kennedi Oliveira

Capitalismo

Os escravos do
capitalismo
não ligam
pra quem chora

Os escravos do
capitalismo
só ligam pro
agora

Os escravos do
capitalismo
não ligam pra
outrora

Não diga
que Deus
seja o socialismo

mas sim que
o diabo é
o capitalismo

Os escravos do
capitalismo
não ligam
pra ninguém

Os escravos do
capitalismo
negam até
vintém

Os escravos do
capitalismo
comem o seu
pão
e à criança
morrendo de fome
ao seu lado
não estendem a mão

Os escravos do
capitalismo
promovem a
guerra
e as crianças
ao redor do
mundo
morrem a espera

de um mundo
justo, sem custo
que nasça na
primavera

( Kennedi Oliveira )

...............................................

A criação

No princípio
era o amor
depois dele a
dor e com ela

A cura!

Com essa veio
a paixão pura
cheia de impureza
como a luxúria e
riqueza

Mas então com a
vivência veio uma
carência a
esperança

então fez -se a
segurança
caracterizada
num sorriso de
criança

No início era
inverno e verão
um polo árido
sem areia no chão

Mas sem a
primavera como
nasce a flor e
a bela fera ?

Então fez-se
uma estação
primaveril !

Em que
flores e folhas nascem
solo o céu azul anil

Mas sem o outono
para as folhas caírem
como haver espaço
para a primavera florir ?

Então veio o outono
para na criação
pôr fim !

Mas eu não creio
que foi assim !!

( Kennedi Oliveira )

O Poeta Urbano - Maximilhano Sarrento

A bordo da Ignorância

A exemplo da grande massa, eles também são os bobos da praça.

A falta de informação e conhecimento causa muito sofrimento;

Certos em alguns momentos, errados na maioria, o problema é quem faria tais esclarecimentos;

No entanto apenas penso, imagino, quanto diferente seria, se chegasse esse dia;

Alguns podem até tentar, mas eles não vão deixar essa história mudar;

É muito mais fácil agir sem pensar, ou tentar enganar, e assim se justificar.

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Todos iguais

Pseudo intelectuais
são todos iguais
um é normal
outro um tanto boçal

Detesto pseudo intelectuais
arrogância e a prepotência
afloram na vivência

Às vezes só nos resta
pedir clemência

Eu vivo cá
vivo lá
fico aqui
Paranoá

O tempo é o bem mais
precioso que um homem
pode desperdiçar

O tempo segue e nunca vai parar..

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Para aí !

Ele para, documento
Tô cumprindo regulamento
Outro passa e eu lamento
Por andar tão desatento

O alienado se achando
Pela beca que tá usando

( Maximilhano Sarrento )

A Poetisa - Gabriela Maciel

Eu sou diferente?

Por que sou diferente?
quero ser igual à muita gente!
Me desprezar, por causa da raça,
isso não tem a maior graça!

Ser negro é um problema,
o que faremos para enfrentar esse dilema?
Pedir ajuda, eu não consigo,
por não ter, se quer um amigo!

Racismo ou preconceito,
será que temos direito?
Direito de muita coisa criticar,
caso o preconceito, venha nos atrapalhar!

Dessas duas palavras, qual é a diferença?
isso não sei, pode ser uma grave doença!
Doença, agora não entendi,
mesmo porque, preconceito, eu já sofri!

Temos sim que todos nos unir,
para o preconceito destruir.
Dizem que racismo não existe,
Alguém, nesse conceito ainda insiste!

Porque insistir, se tudo isso, queremos destruir!
Basta mostrar, que somos iguais nos sentimentos, e também nos relacionamentos!

Uma coisa é certa,
o mundo inteiro está em alerta!
Do preconceito, não quero nem lembrar,
e o racismo do meu vocabulário tirar!

( Gabriela Maciel )

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